Deus não guarda rancor

“Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?” (Gn 18.12)

Sara era idosa e não podia ter filhos. Por essa razão, já havia oferecido sua serva pessoal para seu marido poder ter filhos (Gn 16). Mesmo depois disso o Senhor, que realiza o impossível, prometeu novamente que ela seria mãe. Incrédula, riu da promessa de Deus. Tempos depois, “de acordo com a sua promessa, o Senhor Deus abençoou Sara. Ela ficou grávida. (…) O menino nasceu no tempo que Deus havia marcado (…) Então Sara disse: — Deus me deu motivo para rir. E todos os que ouvirem essa história vão rir comigo.” (Gn 21.1,2,6)

A criança nascida segundo a promessa foi nomeada de Isaque, que significa “riso” em hebraico. Deus transformou o riso de incredulidade daquela mulher em riso de fé grata.

Frequentemente, assim como Sara, através de atos e pensamentos, também demonstramos incredulidade para com as promessas de Deus. Ele promete que podemos descansar nossa alma nele e vivermos aliviados (Mt 11.28-29), então porque andamos sobrecarregados? Promete que cuidará de nossas necessidades mais básicas, apesar de nossa pequena fé (Mt 6.25-34), então porque vivemos ansiosos pelas coisas do amanhã? Promete que se confessarmos nossos pecados é fiel e justo para nos perdoar de toda iniquidade (1Jo 1.9), então porque nos constrangemos e tememos pedir perdão depois de pecar? Ele promete que nada pode nos separar do seu amor, nem a tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada (Rm 8.35); então porque nos sentimos carentes de amor? Também promete que estará conosco até a consumação dos séculos (Mt 28.20), então porque duvidamos da sua presença e nos sentimos solitários como se não tivéssemos ninguém conosco?

O Senhor, apesar de nós, age em nós, cumprindo sempre suas promessas e transformando nossa incredulidade em fé. Deus não guarda rancor.

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